Definição
Qualquer processo que curse com inflamação e tumefacção dolorosa da glândula tem o nome de parotidite (vulgo papeira). As causas infecciosas são as mais frequentes. (Quadro 1)
Neste capítulo, é dada ênfase à chamada parotidite epidémica, doença sistémica vírica autolimitada, com predilecção pelos tecidos glandulares (predominantemente parótida, mas também as restantes glândulas salivares) e pelo sistema nervoso. Tal patologia foi descrita pela primeira vez por Hipócrates no século V antes de Cristo. A etiologia vírica foi comunicada por Johnson & Goodpasture em 1934.
Recorda-se que a parótida, ou glândula parotídea, é a maior das glândulas salivares. Localizada por baixo e à frente do pavilhão auricular, tem o seu limite inferior imediatamente acima do ângulo da mandíbula. Relaciona-se com os músculos da mastigação cuja contracção promove a secreção de saliva; esta é excretada através do canal parotídeo (canal de Stenon ou de Stensen), o qual drena ao nível do segundo dente molar superior.
Aspectos epidemiológicos
Tratando-se duma doença típica da idade escolar em sujeitos não vacinados (5-14 anos), importa referir que, com o advento da vacinação sistemática, actualmente grande parte dos casos verificam-se sobretudo em indivíduos com idade superior a 15 anos.
A parotidite epidémica continua, pois, a ser mais relevante nos países sem vacinação eficaz. Mais recentemente, em países industrializados verificaram-se surtos localizados explicáveis por perda de imunidade de grupo devida aos “movimentos anti-vacinação”. Em Portugal, segundo os dados do último relatório de doenças de declaração obrigatória, entre 2009 e 2012 foram declarados menos de 200 casos/ano de parotidite epidémica.
Nalguns países têm sido descritas epidemias relacionadas com a administração de vacinas pouco imunogénicas. Por outro lado, importa assinalar que se têm observados casos em populações vacinadas, o que sugere perda da imunidade com o tempo.
Em Portugal, a parotidite epidémica é uma doença de declaração obrigatória, com indicação para evicção escolar por um período mínimo de 9 dias após o aparecimento de tumefacção glandular.
Etiopatogénese
O vírus da parotidite epidémica é um vírus ARN pertencente ao género Rubulavirus, da família Paramyxoviridae. O único hospedeiro é o Homem. Com diferentes genótipos, admite-se que exista apenas um fenótipo.
A referida parotidite é uma doença com elevada infecciosidade, transmitindo-se através da saliva, aerossóis, ou das gotículas da orofaringe. Com um período de incubação oscilando entre 2 a 4 semanas, o período de contágio situa-se entre 3 dias antes e 4 dias depois do início dos sintomas.
Surge virémia desde que o vírus atinja a via respiratória e se verifique replicação no epitélio da nasofaringe e nos gânglios linfáticos regionais (cabeça e pescoço) Tal determina que, com a disseminação do vírus, sejam atingidos diversos tecidos e órgãos, sobretudo, glândulas salivares, meninges, pâncreas, ovários e testículos; e, menos frequentemente, próstata, tiroideia, interstício do rim, miocárdio, fígado, sinovial articular, medula óssea, sistema excretor lacrimal e glândulas de Bartholin.
Posteriormente, o vírus elimina-se com a urina.
Manifestações clínicas e laboratoriais
Na sua forma clássica, em cerca de 30% dos casos, a doença é assintomática ou manifesta-se por sintomas inespecíficos simulando quadro gripal.
Importa salientar um período prodrómico de 24 a 48 horas com febre, em geral não elevada, cefaleia, vómitos, mialgia e mal-estar geral; sucede-se a tumefacção da glândula parótida, que começa por ser unilateral, sendo evidente a bilateralidade em 70%-90% dos casos.
Em cerca de 10% dos casos, outras glândulas salivares podem ser atingidas: a submaxilar, palpando-se sob a mandíbula, anteriormente ao ângulo mandibular, e/ou a sublingual, que origina tumefacção da língua e do pavimento bucal.
Ao nível da cavidade bucal, verifica-se que os orifícios de saída do canal de Stenon (da glândula parótida) e do canal de Wharton (da glândula submaxilar) estão eritematosos e edematosos. Com menos frequência pode surgir edema pré-esternal, relacionável com obstrução dos vasos linfáticos por aumento das dimensões das glândulas salivares.
A doença é geralmente autolimitada, com duração média de duas semanas.
Outras manifestações (consideradas por alguns autores como complicações) estão relacionadas com os locais atingidos pelo vírus, sendo mais frequentes a meningite com características de toda e qualquer meningite vírica (5%-10% dos casos), a orquite (30%-40%), e a ooforite (5%). Poderá detectar-se pleocitose (cerca de 50% dos casos) sem sinais de meningite. Por sua vez, a meningite pode ocorrer antes, durante, ou depois da tumefacção das parótidas.
Nos casos de meningite, poderão surgir convulsões em cerca de 20% dos casos. Para além da pleocitose (200-1.000 células/uL), já citada, o LCR, no contexto de meningite estabelecida, pode evidenciar predomínio de linfócitos, associado a glicose e proteínas normais; em fases iniciais da doença pode haver predomínio de polimorfonucleares e glicorráquia inferior a 40 mg/dL.
Habitualmente, o quadro neurológico regride em duas semanas, sem sequelas. Em casos raros (0,5-5/100.000 casos) pode ocorrer surdez neurossensorial.
O quadro de encefalite, com mortalidade ~ 1,4%, hoje raro, era descrito, reportado à era pré-vacinal, na proporção de 1 para cada 400-6.000 casos. Eram também descritos casos de cerebelite, síndroma de Guillain-Barré, paralisia facial e mielite transversa.
A orquite (ou melhor, epidídimo-orquite) é frequente sobretudo na idade pós-púbere, sendo unilateral em cerca de 70% dos casos. Surge em geral cerca de 4-10 dias após o início da parotidite, com evidência de edema do escroto, dor e edema testiculares, e febre. Pode igualmente manifestar-se como manifestação isolada da infecção. Ainda que possa ocorrer atrofia testicular, a esterilidade é muito rara pelo facto de aquela ser segmentar.
A infecção, atingindo outros órgãos, é susceptível de originar uma diversidade de quadros infecciosos, variando de paciente para paciente: pancreatite, tiroidite, prostatite, hepatite, dacriocistite, nefrite intersticial, bartolinite, miocardite, sinovite, púrpura trombocitopénica, etc..
No contexto de infecção da grávida, embora não se tenha demonstrado o efeito teratogénico do vírus, existe o risco de abortamento.
Diagnóstico
O diagnóstico da parotidite epidémica deve ser suspeitado em face de história clínica compatível (incluindo tumefacção parotídea bilateral) em doentes não vacinados, sem PNV actualizado com VASPR, ou em caso de surto epidemiológico.
Os resultados de exames laboratoriais evidenciam tipicamente leucopénia, linfocitose e elevação da amilasémia.
Nos casos de tumefacção parotídea unilateral, ou inexistente, o diagnóstico poderá ser mais difícil, obrigando ao recurso a estudo serológico, o método laboratorial mais usado.
O procedimento mais adequado é a identificação de anticorpos específicos anti-parotidite IgM no soro, plasma, LCR, ou saliva, por análise enzimo-imunológica a partir dos 7 dias de evolução clínica; isto porque anteriormente há a probabilidade de resultados falsos-negativos.
Nas populações imunizadas o diagnóstico por serologia é mais difícil, uma vez que a resposta humoral com IgM pode ser mais curta; assim, nas populações imunizadas um valor de IgM negativo não exclui o diagnóstico.
Em alternativa, poderá obter-se o diagnóstico, pesquisando a seroconversão, através do doseamento de anticorpos IgG, demonstrada pela elevação do título destes, pelo menos quatro vezes, ao cabo de 2-3 semanas.
Outro método de diagnóstico da parotidite epidémica consiste na cultura vírica na saliva, urina ou LCR, sendo que a sensibilidade é inferior a 50%.
Uma alternativa à cultura vírica é o estudo do material genético em amostras de urina, saliva ou LCR por técnicas de reacção em cadeia da polimerase em tempo real (PCR). Estas amostras devem recolher-se nos primeiros 3 dias de doença, e não para além dos 7 dias de evolução.
Diagnóstico diferencial
Abordando o diagnóstico diferencial das parotidites, importa ainda salientar uma noção semiológica – estabelecer a destrinça entre tumefacção parotídea e adenomegália laterocervical; no caso desta última, a sua localização é mais posterior, tem limites mais definidos e não apaga o ângulo mandibular.
O diagnóstico diferencial da parotidite epidémica faz-se com outros tipos de parotidite, os quais são discriminados no Quadro 1.
QUADRO 1 – Diagnóstico diferencial das parotidites em idade pediátrica.
A etiologia por fungos não é descrita na criança (Candida albicans e Cryptococcus isolados em adultos imunodeprimidos) | |
INFECCIOSA | |
VÍRUS | |
Paramyxoviridae (parotidite epidémica). VEB, CMV, VHH6, Adenovírus, Parainfluenza 1, 2 e 3, Parvovírus B19, Enterovírus e VIH* | |
BACTÉRIAS | |
Parotidite supurativa | Parotidite granulomatosa* Mycobacterium tuberculosis Micobactérias atípicas Bartonella henselae Actinomyces spp** |
IDIOPÁTICA |
Parotidite recidivante idiopática |
AUTOIMUNE |
Síndroma de Sjögren*, Sarcoidose*, LES, Doença mista do tecido conjuntivo |
NEOPLÁSICA |
Formas benignas (adenoma pleiomórfico, hemangioma e linfangioma) e malignas (carcinoma mucoepidermóide, adenóide-cístico e de células acínicas e rabdomiossarcoma) |
OUTRAS |
Sialolitíase, defeitos congénitos, traumatismos, radioterapia, doenças infiltrativas, má-nutrição, doenças metabólicas crónicas, fármacos, etc. |
VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana; VEB – Vírus de Epstein-Barr; CMV – Citomegalovírus; VHH6 – Vírus Herpes Humano 6; LES – Lúpus Eritematoso Sistémico. * Parotidite habitualmente crónica. ** Consoante o microbioma concomitante, o curso da doença pode ser agudo, subagudo ou crónico. |
- Parotidites de etiopatogénese infecciosa, (exceptuando a relacionada com os vírus da família Paramyxoviridae); destacam-se as seguintes situações:
- Parotidite associada a hiperplasia linfóide devida a infecção por VIH.
Em cerca de 1%-10% dos casos de infecção por VIH desenvolve-se um quadro de parotidite crónica caracterizado pelo aumento progressivo e indolor da glândula parotídea, geralmente bilateral, podendo ser acompanhado de adenomegálias cervicais ou generalizadas.
O diagnóstico é feito com base no quadro clínico, serologia para VIH positiva e caracterização imagiológica das lesões por ecografia (exame de primeira linha), tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). (consultar capítulo sobre Imunodeficiências Adquiridas) - Parotidite por Mycobacterium tuberculosis
Trata-se duma situação extremamente rara, mesmo nas áreas de elevada incidência de tuberculose. O respectivo diagnóstico etiológico é difícil pela escassez de sinais e sintomas para além da tumefacção e inespecificidade dos estudos imagiológicos. O diagnóstico é feito por estudo microbiológico adequado de uma amostra obtida por biópsia. - Parotidite por Actinomyces spp (Parotidite granulomatosa)
Os agentes Actinomyces são bactérias Gram-positivas anaeróbias que fazem parte do microbioma oral na espécie humana. A infecção provocada por estes agentes, rara, muitas vezes relacionada com deficiente higiene oral ou a estado de imunodepressão, na sua maioria está associada a outros agentes – trata-se duma infecção polimicrobiana (sigla HACEK incluindo, designadamente, Haemophilus aphrophilus, Aggregatibacter ou Actinobacillus, Cardiobacterium hominis, Eikenella coorodens e Kingella kingae). É caracterizada por doença granulomatosa crónica, com agudizações, supurativa com tendência para ultrapassar “barreiras anatómicas”, predominantemente na região cérvico-facial, incluindo região parotídea. A estase salivar por tumefacção da glândula e tecidos envolventes constitui um factor predisponente da infecção. - Parotidite por Bartonella henselae
Esta entidade clínica foi abordada no capítulo sobre “Doença do arranhão do gato”.
- Parotidite associada a hiperplasia linfóide devida a infecção por VIH.
N.B. 🡪 De acordo com estudos epidemiológicos na idade pediátrica demonstrou-se etiologia vírica da parotidite em 14% dos casos, com a seguinte distribuição: VEB- 7%; Parainfluenzae– 4%; Adenovírus- 3%; e – VHHC6 em criança com menos de 6 anos. |
- Parotidites de etiopatogénese não infecciosa. Importa uma referência a outras situações susceptíveis de originar inflamação e tumefacção da parótida:
- Acção de fármacos (fenilbutazona, tiouracilo, iodetos e tiazidas).
- Doenças metabólicas crónicas (cirrose hepática, diabetes mellitus e urémia).
- Parotidite obstrutiva, mais frequentemente provocada por sialolitíase, e caracterizada por episódios pós-prandiais de edema glandular e dor, com regressão espontânea em 3-4 horas. Qualquer que seja o insulto inicial, este promove estase salivar, o que facilita a contaminação bacteriana. Tanto a estase salivar como a contaminação bacteriana promovem fenómenos subsequentes de metaplasia ductal, com agravamento da estase e surgimento de infecção secundária, fibrose, atrofia glandular e formação de mucoceles.
O diagnóstico é sugerido pela história clínica, com especial relevo na relação com o período pós-prandial, e confirmado por ecografia, ou RM evidenciando sinais de dilatação do canal parotídeo. - Parotidite recidivante, processo de causa desconhecida, que se manifesta por episódios autolimitados e habitualmente unilaterais de tumefacção dolorosa da parótida, durando cerca de 2-3 semanas, acompanhados ou não de febre, com regressão após a puberdade. De relevar o risco de ulterior fibrose e insuficiência glandular em função do número e duração dos episódios (os quais poderão surgir em número ~ 20/ano).
- Síndroma de Sjögren, de etiopatogénese autoimune, traduzida por inflamação crónica das glândulas exócrinas, sobretudo salivares e lacrimais (infiltrado de linfócitos e plasmócitos com consequente destruição epitelial) em sujeitos geneticamente predispostos, como consequência de exposição a factores ambientais (por ex. infecções víricas). Na idade pediátrica, o sinal mais frequente e precoce é a tumefacção parotídea, associando-se a xerostomia (secura da boca por diminuição da secreção salivar) e, mais tardiamente, xeroftalmia (diminuição da secreção lacrimal) e xerodermia (secura da pele).
As manifestações extraglandulares podem ser tipificadas por fenómeno de Raynaud, sintomatologia simile LES, e por problemas respiratórios diversos.
A resposta autoimune a células epiteliais da pele e mucosas traduz-se analiticamente na positividade de anticorpos antinucleares (ANA) e de factor reumatóide em 50%-85% dos casos, e de anticorpos anti-Ro/SSA e anti-La/SSB em 60%-90%.
A cintigrafia com tecnécio-99 permite avaliar a função das glândulas salivares e a ecografia, a arquitectura anormal das mesmas. - Sarcoidose
Trata-se duma doença granulomatosa multissistémica de causa desconhecida, extremamente rara, geralmente manifestada pelo aumento bilateral crónico e indolor da parótida. Outra apresentação da doença, correspondendo à síndroma de Heerfordt-Waldenstrom, associa parotidite a: febre, uveíte e paralisia do nervo facial. O diagnóstico baseia-se na identificação dos granulomas característicos da doença por biópsia. - Tumores da parótida
Os tumores da glândula parótida apresentam-se como massas de crescimento progressivo, nodulares, indolores, podendo ser móveis ainda que os tumores malignos sejam mais frequentemente imóveis. Pode verificar-se perda de peso, mal-estar geral, xerostomia, paralisia do nervo facial ou episódios de parotidite aguda supurativa.
Os tumores benignos mais frequentes abaixo do ano de idade são os hemangiomas e linfangiomas; nos restantes grupos etários, predominam o adenoma pleiomórfico, com potencialidade de degenerescência maligna. O tumor maligno mais frequente é o carcinoma mucoepidermóide, seguindo-se os cistoadenocarcinomas.
Os exames complementares imagiológicos são determinantes para o diagnóstico. A ecografia, pela sua acessibilidade e ausência de radiação ionizante, constitui o meio de primeira linha; contudo, as lesões suspeitas devem ser mais bem caracterizadas por TC ou RM. As características imagiológicas sugestivas de malignidade são:
- Margens mal definidas com invasão dos tecidos adjacentes; e
- Sinais de metástases ósseas ou linfáticas.
Tratamento
O tratamento da parotidite epidémica, assim como o das complicações, é sintomático, utilizando o paracetamol ou o ibuprofeno em doses habituais.
No que respeita às restantes situações mencionadas, importa particularizar alguns procedimentos relativamente às seguintes:
- Nas parotidites bacterianas, fúngicas ou por outros vírus está indicado o tratamento antimicrobiano dirigido;
- Nas parotidites de etiologia neoplásica, para além da ressecção cirúrgica, total ou parcial, são utilizados certos fármacos antineoplásicos, salientando-se a importância da actuação especializada em centros de referência;
- Nas formas obstrutivas, designadamente em relação com sialolitíase ou defeitos congénitos, o tratamento é cirúrgico; tratando-se de remoção de cálculo, poderá utilizar-se a técnica cirúrgica clássica ou a endoscopia para litotrícia;
- Na parotidite recidivante, alívio dos sintomas durante as crises com analgesia, massagem parotídea e fármacos sialogogos; havendo suspeita de sobreinfecção bacteriana sem repercussão sistémica está indicada antibioticoterapia oral com amoxicilina/ácido clavulânico como primeira linha; os casos mais graves devem ser orientados em centros de referência, em que são aplicadas diversas terapêuticas: escleroterapia intraductal, nevrectomia do ramo timpânico do nervo facial, endoscopia dilatadora ou paratiroidectomia;
- Na parotidite associada a sarcoidose, não se torna necessário qualquer tratamento específico para além do tratamento-base.
Prevenção da parotidite epidémica
- Primeiramente, adopção de medidas de isolamento do paciente para evitar a transmissão a sujeitos susceptíveis/não vacinados. Está indicado manter tais medidas durante 5 dias depois do início dos sintomas.
- Vacinação anti-parotidite (associada a anti-sarampo e anti-rubéola) <> VASPR em duas doses, aos 12 meses e 5 anos, segundo o PNV 2017. No caso de não vacinação anterior, sugere-se que o leitor consulte o capítulo sobre Vacinas.
- Em caso de surto epidémico, está preconizada a vacinação dos contactos com mais de seis meses que não tenham qualquer dose de vacina, com duas doses de vacina intervaladas de, pelo menos, 28 dias.
- Nos casos de aos contactos ter sido aplicada apenas uma dose da vacina, deve ser administrada uma segunda dose se o surto afectar crianças em idade pré-escolar, ou adultos com capacidade de transmissão a grande parte da comunidade.
- Na hipótese de a vacinação não ser possível, a criança deve manter o evitamento escolar durante 26 dias após o último caso de parotidite.
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